domingo, 7 de agosto de 2016

Palavra da Vida


(...) e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida


Cresci lendo e relendo uma coletânea de livros as escondidas. Já vi várias versões de todos os tamanhos, completo ou com alguns poucos livros. Letras mínimas e letras garrafais, a mais recente era em inglês. Não me sentia confortável para lê-la em público, sentia algo estranho naquela coletânea, pois quem mais a ostentava menos lia, e quem não lia, geralmente, nutria um grande desprezo por ela. Por isso eu me escondi.

Existia em mim uma curiosidade que eu não sabia de onde vinha pela história contada naqueles livros. E quanto mais eu lia, menos eu entendia, pensava. Buscava em outras fontes explicações para o que ela me dizia, e percebia que existia uma confusão gigantesca de opiniões sobre o assunto. Conheci muitas pessoas que por não entenderem simplesmente desistiram de apreciar a história mais maravilhosa que somente um autor muito engenhoso poderia escrever.

Esta coletânea foi escrita com a diferença de alguns séculos entre um e outro, antes e depois da vida e morte do seu personagem principal, e desde o último livro, nenhum mais se lhe acrescentou, pois o que aí está ainda nos diz muito, e a cada dia nos revela algo diferente sem, no entanto ser necessário aumentar uma vírgula do que foi escrito. Percebi cedo que só o autor poderia me revelar o que ele tinha escrito.

Ouvindo e vendo a bagunça dos homens no entendimento e ensino do conteúdo dos livros, já desconfiei da realidade sobre o que os livros falavam, mas nunca me acomodei a minha desconfiança, pois um dos livros falava que “Maldito o homem que confia no homem” e “não sabem o que fazem”! O próprio autor me alertava sobre a maldade no coração de seus leitores, inclusive do meu. Ai de mim, confiar em minha sabedoria!

E não foi por causa do coração mau dos outros homens que eu passei a crer em cada palavra daquele livro, mas por reconhecer, lendo-o, a maldade e fraqueza do meu próprio coração. Nenhum outro livro nesse mundo é capaz de revelar a fragilidade da presunção humana, e por isso mesmo nenhum homem consegue manipulá-lo impunemente. Já vi muitas interpretações, mas é o máximo que conseguem, e que convenhamos já faz alguns estragos na história da humanidade.

Desde o primeiro animal que foi morto para que sua pele servisse de vestimenta para cobrir o primeiro casal dos seus pecados, aos sucessivos sacrifícios de cordeiros pelos pecados do povo, até o derradeiro sacrifício do Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo. Em nenhum noticiário que o homem possa escrever encontrarei tão grandiosa notícia: existe uma solução para o meu coração pecador, que duvida que Deus possa manter sua palavra escrita e intacta, assim como todas as coisas criadas continuam a refletir o seu autor. O homem foi a última obra da criação, mas tudo foi criado para aquele que era amado por Deus desde antes da fundação do mundo: Jesus Cristo.

Um dia, sabendo do juízo que precisava executar, que era cobrar o salário do pecado (a morte) que nós devíamos, Deus mandou Ele, Jesus Cristo em carne (um homem para pagar os pecados de todos os homens), para ser castigado na cruz, após todo o desprezo e humilhação que só um ser humano pode oferecer. Se eu estivesse naquele cenário eu não faria diferente... Até hoje nosso Senhor Jesus é rejeitado. Mas a boa notícia é que está consumado! O Senhor Jesus morreu por mim, e levou na cruz o meu coração mal que o rejeitava! Ele ressuscitou e está com Deus Pai a espera de todos aqueles que crerem no Seu nome para salvação dos pecados.


Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Se dissermos que não pecamos, fazêmo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós
1 João 1:9-10

* 1 João 1:1

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