sábado, 10 de janeiro de 2015

Aos Dez do Primeiro Mês




E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família.
Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro.
O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.
E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.
Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.
E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.
Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.
E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor.

Êxodo 12:1-12

Hoje é o dia dez do primeiro mês do ano, e antes que me digam que o calendário judaico não corresponde ao romano, eu sei. Contudo, como deixar passar essa semelhança tão graciosa? Nesta data do atual calendário romano comemoro meu aniversário!

E o texto acima é uma figura do cordeiro imaculado que seria sacrificado e cujo sangue nas ombreiras e nas vergas das portas protegeria aqueles que ali dentro estivessem do juízo de Deus contra o mal que havia sido cometido e precisava de justiça.

“Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.”

Há urgência nesta cena, quem já se preparou para uma viagem, e espera a carona sabe como é pela manhã tomar café correndo, pois a qualquer hora pode chegar aquele que vem nos buscar. Claro que não se trata em Êxodo de uma refeição qualquer, aquele cordeiro representa o Corpo de Cristo, Nosso Senhor, alimento para nossas almas.

Neste aniversário, posso dizer, que nos batentes da porta de minha casa já foi passado o sangue do cordeiro sem mácula. Já preparei sua carne assada no fogo, os pães ázimos (muito importante) e as ervas amargosas, ah, sim! As ervas também! Cada dia mais tenho sido compungida a manter os sapatos nos pés e os lombos cingidos, não temendo a hora do juízo, mas a espera do Senhor!

Sim, Ele prometeu que viria nos buscar, eu creio. Você não? Será que todos os que acompanham meus relatos asseguraram que os batentes de suas portas estão protegidos pelo sangue do cordeiro do dia do juízo? Se não, o que estão esperando? Pode ser que para você não tenha mais trinta anos a frente para que você possa ser salvo pelo sangue de Cristo, pode ser que não haja nem mesmo uma hora, minutos?

Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto. Hebreus 3:7-8

Venha comemorar comigo! Para que quer tenhamos mais trinta anos ou cinco minutos, possamos esperar juntos pela vinda do Senhor!


Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda? 
1 Tessalonicenses 2:19


domingo, 4 de janeiro de 2015

Vontade de morrer





Encontros familiares nos movem fatalmente as histórias do passado, que quase sempre são mórbidas ou tristes; desilusões, acidentes, tragédias, algumas engraçadas e casos felizes poucos. Num breve Déjà vu, lembrei-me de minhas expectativas de futuro quando ainda era uma menina, lá por voltas dos meus quatorze ou quinze anos.

Seria uma solteirona, sem nunca ter tipo oportunidade de ter um relacionamento sério, sem trabalhar, sem estudar, teria completado apenas o Ensino Médio que àquela altura já estava bem próximo de acabar. Moraria sempre com minha mãe, e depois moraria emprestada com algum irmão.

Triste relato, não? Mas era verdade, graças a Deus não sou muito boa de previsão, mas tudo corria para aquele destino, e eu não tinha como imaginar outra coisa, e nem todos a minha volta. Quando foi que tudo mudou? Quem já sentiu algum tipo de tristeza, depressão, já vivenciou algum tipo de angústia extrema, sem nenhuma previsão de luz no final do túnel, certamente já sentiu em consequência uma vontade enorme de morrer.

Esse é o cume do sofrimento humano. Muitos falam que isso é egoísmo, visto de fora é fácil enfiar o dedo na cara do próximo e julgá-lo. No entanto, descobri a tempo que nunca deixaremos a existência! A nossa própria morte não nos salva de toda vaidade e aflição de espírito.

Um dia Deus, olhando para toda a aflição humana, todo o pecado que o dominava, vendo toda Sua criação sujeita a escravidão do pecado e a Satanás o príncipe deste mundo, Deus também desejou a morte. Na verdade Ele já tinha determinado que o salário do pecado seria a morte, e ao pai do pecado e seus anjos Ele já tinha preparado o lago de fogo (Mateus 25:41).

Deus também quis a morte da carne. E providenciou um sacrifício santo para fazê-lo em lugar de todo homem pecador. Jesus Cristo, seu Filho: “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos” (1 João 4:9). É sabido para que Deus enviou Seu filho ao mundo, para morrer na cruz, para glorificar a Deus consumando a obra que era segundo a vontade do Criador (Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer - João 17:4), Jesus Cristo, Senhor nosso, foi eleito o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e assim todo aquele que nEle crê não será condenado, não precisará sofrer para sempre, na terra ou fora dela.

Saber todos sabem, como disse acima é sabido, mas por que nem todos creem? Quão solene é viver ou desejar morrer sem que tenhamos tão grande salvação aceita antes da derradeira hora! Deixei no ar uma pergunta no início que agora posso responder quando tudo mudou? Quando conheci Cristo Jesus, meu Senhor e Salvador.

Hoje ainda sou solteira, mas já estudei, conclui vários cursos, trabalho e sou objeto de curiosidade de quem pouco me viu no passado porque eu não saia de casa! E isso é bem pouco, é apenas consequência de estar consciente de que não sou mais prisioneira dos meus medos e pecados. Eu, assim como minha amiga Nina, temia ser crente, hoje eu sou cristã com muito amor! E é engraçado que hoje é mais comum desejar a morte do que antes, só que noutro sentido, desejo frequentemente a morte das obras da carne.

Quando temos a certeza de que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sabemos que nossas aflições por mais dolorosas que sejam têm um propósito nEle e para Ele.

Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.

Quando aceitamos essa verdade podemos nos despedir de quem amamos, se soubermos que esta pessoa já aceitou o Sacrifício do Cordeiro de Deus, sabemos que um dia a veremos novamente e que ela na verdade recebeu o gozo de estar com o Senhor antes de nós, mas em breve estaremos com ambos! Quão urgente é que recebamos essa verdade!

Não estou falando de religião, não falo de nada além de Jesus Cristo e sua obra. Religião não salva: Cristo salva. Conselhos não salvam: Cristo salva. Boas obras não salvam: Cristo salva. A nossa morte não salva: a morte de Cristo foi para salvar aquele que crer, e sua ressurreição foi para nos justificar!

Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Romanos 8:2-3



O Pregador





Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Eclesiastes 1:2

Mais um ano se passou e as coisas continuam bem parecidas! Aqui em minha rua, um jovem acorda com as galinhas, muito bem disposto a pregar nas ruas. Tecnologicamente munido de uma caixa de som e uma trilha sonora em Mp3 de músicas gospel de todo ritmo, arrocha, samba, rap... sim! Rap gospel que minha mãe chama de música dos Racionais!

Claro, que ele acorda cedo para dar um tiro no pé todo dia, porque ele não consegue nada com sua barulheira irritante e seu discurso de que crê em Jesus, e de que todos o acham louco, mas a sabedoria de Deus é loucura! Isso é uma forma de distorcer o que realmente nosso Senhor Jesus quis dizer com esta passagem e afastar aqueles que não creem da fé em Cristo.

Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios”.
“Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça.” Isaías 42:1-2.

Quão triste é passar por estes pregadores de praças públicas e ouvi-los mais rogando pragas apocalípticas do que pregando as Boas Novas da Salvação!

E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras,

Expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.” Atos 17:2-3